De volta ao Presidente da Semana
Veja bem, não se trata da Semana do Presidente.
Em 2018, um dos podcasts mais comentados e premiados foi o Presidente da Semana, que de abril a novembro daquele ano, perfilou os presidentes brasileiros, do Marechal Deodoro ao recém eleito Jair Bolsonaro.
Comandado por Rodrigo Vizeu, então editor-adjunto de Poder na Folha de São Paulo, a série foi baseada no podcast Presidential1, do the Washington Post, que fez uma dinâmica parecida para eleição estadunidense de 2016.
Com um roteiro leve e muito informativo, o Presidente da Semana cria uma personalidade para mandatários que hoje só vemos em nome de rua (ou de cidades e afins). Você sabia que o presidente Prudente de Morais também sofreu um atentado perpetrado por alguém de sobrenome Bispo?
Como eu só virei um ouvinte compulsivo de podcasts no fim de 2018, não peguei o Presidente da Semana quando os episódios estavam sendo lançados. O começo desse ano eleitoral foi propício para a audição desse programa muito bem feito.
E uma série de questionamentos me vieram, como o fato de que no começo, muito por influência do irmão estadunidense, o Presidente da Semana busca de alguma maneira encontrar os pais fundadores da nossa república. O que é bem mais complexo do que os similares “founding fathers”.
Aliás, para você, quais foram os pais fundadores da nossa nação? Apostaria em Dom Pedro II e Getúlio Vargas.
Também saltaram aos olhos muitas rimas históricas de crises e perfis de presidentes remotos e de outros mais recentes.
Sem mais delongas, segue o primeiro capítulo:
A série melhora a cada capítulo e não deixa de estar sob a sombra dos fatos que acompanharam a campanha eleitoral de 2018.
Vale muito um alô lá no LinkedIn ou no Instagram. Ou ainda comentar por meio do substack mesmo:
Agradeço desde já.
Lin-Manuel Mirandaverso
E pela segunda vez2, minha filha Maria Luisa “participa” uma edição da QPD, já que passamos o fim de 2021 e esse comecinho de 2022 sob a influência sonora de Lin-Manuel Miranda.
Estadunidense de origem porto-riquenha, Miranda ganhou seus primeiros momentos de grande destaque com o musical In the Heights (que virou um filme homônimo, com título brasileiro de Em um Bairro de Nova York).
O patamar se elevou com o sucesso de outro musical Hamilton (há uma filmagem de uma apresentação no Disney+), onde a história de Alexander Hamilton e de outros dos pais fundadores dos EUA é contada de uma maneira muito contemporânea, com canções que pendem ao RAP.
Meu primeiro contato oficial com a obra dele foi na série Sound Exploder3 (Por trás daquele som, na versão brasileira), onde em um dos episódios ele explica toda história de composição de Wait for It, a canção onde um dos founding fathers, o vice-presidente Aaron Burr, discorre sobre a importância de esperar o momento certo para fazer algo importante.
Mas a obra que tem tomado conta dos nossos dias (e grudado feito chiclete em nossa mente) é a trilha sonora da animação Encanto.
A história da família colombiana cheia de superpoderes é muito divertida, com todo aquele pacote que a Disney vem aperfeiçoando desde Frozen (passando por Moana, que também tem músicas do Lin-Manuel Miranda).
As canções vão de sons mais folclóricos, como essas duas:
Outras tem um apelo mais pop (a primeira é a preferida da Malu e a segunda é a minha):
Isso que eu nem falei da canção que teve boa performance nos charts.
Vale o clique:
Foi lançado o e-book “A profissão política: investigações sobre os políticos profissionais no Brasil”, coletânea resultante do I Colóquio do Observatório de Elites: Políticos Profissionais em análise. O livro foi organizado pelo Prof. Dr. Adriano Codato, Gabryela Gabriel, Nilton Sainz, Maiane Bittencourt e Rodrigo da Silva, membros do Observatório das Elites Políticas e Sociais do Brasil. Para baixar, clique aqui. Mais informações sobre o Colóquio, aqui.
Esses dias, a prefeitura do Rio de Janeiro falou muito sobre criptomoedas, como por exemplo, desconto para quem pagar IPTU com bitcoin e até mesmo a criação de uma moeda pela prefeitura. O vereador Pedro Duarte teceu algumas ponderações sobre essas iniciativas:
Sobre a data de transferência do fundo eleitoral para candidaturas de mulheres e negros:
Convenção Interamericana contra o Racismo passa a ser adotada no Brasil e com status de emenda constitucional, via Rádio Senado.
A Câmara Municipal pode adotar um Brasão próprio? A Renata Cunha, que possui um perfil com muita informação interessante, teceu alguns comentários sobre identidade visual das Casas Legislativas:
“A solução de dois por cento” (em inglês): Yuval Harari, o autor de Sapiens, apresenta uma solução barata para a crise climática.
O Brunno Sarttori é um craque em deep fakes, a técnica de criar vídeos falsos que possivelmente aparecerá (novamente) nas eleições e nesse post ele mostra uma voz feita não por um imitador humano, mas pela máquina:
Inclusive, o post acima já gerou um desdobramento.
Um bem cultural pode ser tombado por Lei? Artigo do promotor de Justiça em Minas Gerais, Marcos Paulo de Souza Miranda, no Conjur.
Algumas edições diretamente do passado:
Quinze por Dia, ou simplesmente QPD, é uma newsletter quinzenal com temas sobre processo legislativo, política e afins, por Gabriel Lucas Scardini Barros. Se você recebeu esse e-mail de alguém, siga esse link para assinar.
Não tive ainda a oportunidade de ouvir o Presidential, mas vi que ele não se encerrou no ciclo de 2016 e há uma série de episódios bônus e um novo episódio para falar do Biden.
A série da Netflix é a adaptação de um podcast do mesmo nome.