Tudo começou na edição passada da QPD, quando foram indicados alguns links que tratavam do tema pesquisa eleitoral e para promover a edição foi criada uma enquete no Instagram. A movimentação foi tão grande que o assunto passou na frente de outros.
Você já leu uma pesquisa? Talvez só a leitura de uma (exemplo: Quaest/Genial 07/22) pode esclarecer muitas dúvidas. Ainda assim, o assunto vale ser pensado por muitos lados.
Como são feitas as pesquisas?
Uma amostra da população, com características que reproduzam proporcionalmente a totalidade da população podem indicar as tendências do todo.
A forma de conseguir montar esse levantamento estatístico é um importante aspecto formal das pesquisas.
Inclusive, é um assunto em voga no pleito de 2022. A metodologia das pesquisas tem sido trazida à baila por analistas, se ela é feita pela entrevista física, cara a cara entre pesquisador ou participante.
Esse aspecto pode influenciar o resultado da pesquisa, assim como outros como a quantidade de participantes (quanto maior, mais fidedigno será o resultado).
A análise do resultado dos institutos também mostra alguns vieses, para tentar encontrar uma mediana há uma série de agregadores de resultado, como o do Poder 360 ou da Lagom Data.
O Tribunal Superior Eleitoral mantém um repositório das pesquisas eleitorais registradas no órgão, onde podem ser encontrados os dados metodológicos de cada pesquisa.
O que você espera de uma pesquisa?
Pesquisa revela tendência e a impressão do momento em que ela foi realizada. É como uma fotografia.
Tal qual a foto, um movimento registrado durante a pesquisa pode se desfazer no momento seguinte ou também pode levar interpretações diferenciadas de acordo com quem observa o resultado1.
Como as pesquisas podem ser lidas?
A forma de divulgação dos resultados também pode induzir ao erro, um clássico:
Em regra, há confiabilidade nas pesquisas. Entretanto, sempre vale conhecer como ela foi feita, se aprofundar um pouco nos resultados e observar como ela foi divulgada.
Mas, diante dos aspectos apresentados, é importante não esperar das pesquisas o quê elas não podem, nem pretendem, entregar.
Para ir além no tema dessa edição, dois livros e dois podcasts:
O andar do bêbado: Como o acaso determina nossas vidas: Fala sobre aleatoriedade e estatística e inclusive sobre pesquisas de opinião.
Como Mentir Com Estatística: Um clássico que mostra como a maneira de exibir os dados pode impactar na percepção dos mesmos.
Essa QPD é disparada no dia 11 de agosto, dia do advogado, profissão indispensável à democracia.
Duas séries
A primeira dica não é minha, já que ainda acompanhei a série pelos relatos da minha esposa, Mariana. Trata-se de Pacto Brutal, na HBO Max, que conta sobre o assassinato da Daniella Perez, que teve repercussões legislativas
Lá no Star+, depois de muito procurar (já que na busca só aparecem imagens da primeira temporada) é terceira temporada de American Crime History, que trata do caso Bill Clinton e Monica Lewinsky. Faltou espaço para escrever sobre Sandman.
Vale o clique:
O Legisla Brasil lançou um índice de atuação parlamentar, indico fortemente que você leia a metodologia do índice.
8 propostas da pauta feminina viraram leis, por Ilana Trombka, Diretora-Geral do Senado.
YOUPIX Talks: Eleições e Influência. O relatório que eles mencionam no vídeo está aqui.
O Politiquês, do Nexo, voltou. Vale ouvir a nova série quanto os episódios antigos que explicam temas específicos.
Uma das últimas coisas que eu pensei que fosse indicar aqui na QPD seria a revista Veja, mas tenho gostado muito da coluna do Thomas Traumann, que também é autor do ótimo livro O pior emprego do mundo.
O Radar Governamental fez um compilado de planos de governo de vários candidatos.
Vizinhança
Algumas coisas legais que vi substack a fora2:
Quinze por Dia, ou simplesmente QPD, é uma newsletter quinzenal com histórias, pensamentos e indicações sobre temas ligados ao Poder Legislativo, política e afins, por Gabriel Lucas Scardini Barros. Estou à disposição para conversar no Instagram @gabriel_lucas. Caso tenha recebido esse e-mail de alguém ou chegou pelo navegador, siga esse link para assinar.
Ao procurar a imagem para ilustrar essa parte, encontrei uma matéria da Superinteressante e um pinterest.
O nome da seção foi totalmente afanada de uma parecida da Espiral by Lalai Persson.