Pensamentos aleatórios sobre a campanha e eleições
Sommelieria de número de candidato, sobre (falta de) abstenções e mais...
Sommelier de número de candidato
A numeração de um candidatos começa com o número do partido dele. Se for para cargo do executivo, para por ai.
Na eleição para senador, se acresce um número. Quando se trata de candidato à Câmara Federal, além do número do partido, se acrescem mais dois números. Já os candidatos para o cargo de deputado estadual ou distrital possuem números formados pelo número do partido mais três números.
Ai a coisa fica divertida, além do mais simples, como sequências ou repetições (favorecidas pelo número de partidos como o do PL ou do PP). Mas outros candidatos procuram outros significado, tais como código de DDD, número de rodovia, telefone de emergência até numerologia mesmo.
Com o inicio da campanha, muito influenciado pelo livro Subliminar: Como o inconsciente influencia nossas vidas1, fiquei analisando os números de vários candidatos e pensando o quanto uma sequência musical, ou qualquer composição, pode influenciar a decisão de um eleitor que chega indeciso para o encontro com a urna eletrônica.
Em 2018, é fato notório que muito candidato proporcional que tinha o número 17 seguido de alguma quantidade de zeros, recebeu alguns votos extras de afobados para votar para presidente.2
Por falar em 17, há duas últimas coisas:
O 17 fundiu com o 25 e virou 44 (se tivesse somado era 42) e muitos candidatos mantiveram as referências aos números antigos nos três números finais. Será que haverá um recall do eleitor?
Pela primeira vez na história, um candidato à reeleição muda de partido, e consequência, de número. Vai ter gente anulando voto no 17 e não votando no 22?3
A abstenção vai continuar alta? Ou não?
2018 marcou a maior abstenção eleitoral desde 1998. Entretanto, como sempre, poderemos copiar os Estados Unidos.
Por lá, em 2020, Biden e Trump foram os mais votados da história. Diante do acirramento da disputa por aqui, não será uma surpresa que a abstenção volta aos níveis de 2002 e 2006.
Aumentou a diversidade mesmo?
As eleições de 2022 tem recebido destaque pela quantidade de candidatas e pela diversidade racial. Isso não aconteceu por acaso.
Apesar de ainda não termos definido uma definição mínimas de vagas, as regras de financiamento eleitoral para candidaturas de mulheres, pardos e negros mudaram e passaram a receber mais verbas.
A reação disso foi que muitos candidatos mudaram de raça, em comparação com as eleições de 2018. Geralmente, sobra uma culpa do assessor.
Um ano de QPD
Essa semana houve uma edição especial da QPD para falar um pouco sobre o primeiro ano da newsletter.
Como presente de aniversário, ficam os pedidos para assinar, compartilhar e comentar a newsletter:
Reforço o convite para o curso que ministrarei sobre a atualização de Regimento Interno de Câmara Municipal, mais uma vez com o grande Francisco Edmilson de Brito Júnior.
Mais informações aqui.
Conversas sobre uma casa no posto
Esses dias recebemos a Larissa Campos no Sala de Rock, para falar sobre o lançamento de seu livro, A Casa do Posto. Nosso papo está aqui:
Alguns contos do livro foram adaptados para o formato podcast e eu tive a oportunidade de fazer uma ponta em um episódio:
Vale o clique
Curiosidade: Os partidos, seus números e siglas.
Uma plataforma para avaliar os congressistas que vão à reeleição, isso é a proposta da ReeLegis:
O Jota lançou o Nosso Papo Reto, um quiz que ajuda a comparar a sua percepção política com a percepção de vários seguimentos da sociedade.
Ainda há tempo para participar do Congresso de Direito Legislativo do Instituto Legislativo Paulista:
Uma análise sobre os 10 anos da Lei de Cotas:
O índice Legisla Brasil agora permite que você personalize o peso dos parâmetros e crie sua própria versão do índice.
Panorama das emendas orçamentárias, no Observatório Legislativo Brasileiro.
Como falar com crianças sobre política nesta eleição, no Nexo.
Instituição diz que Facebook (Meta) falhou em endereçar as fakenews em suas plataformas para as eleições de 2022. Via Interfaces.
Vizinhança
Quinze por Dia, ou simplesmente QPD, é uma newsletter quinzenal com histórias, pensamentos e indicações sobre temas ligados ao Poder Legislativo, política e afins, por Gabriel Lucas Scardini Barros. Estou à disposição para conversar no Instagram @gabriel_lucas. Caso tenha recebido esse e-mail de alguém ou chegou pelo navegador, siga esse link para assinar.
Vale lembrar que a ordem de votação começa pelos deputados e termina no voto para presidente.
A Marina Silva se candidatou em 2010, 2014 e 2018, cada eleição por um partido diferente (PV, PSB e REDE, respectivamente).
Eu notei hahahaha
obrigada pela recomendação ;)